A constante saudade é a sensação que toma conta mesmo quando próximos. Uma tarde, uma noite ou mesmo pequenas horas distantes é algo que parece um tempo interminável. Sensação difícil de conter, de entender, impossível desejar algo assim. Quando ela ameaça se tornar maior, definitiva, vira solidão, imensa tristeza e desilusão. Adentra ao coração, toma o pensamento devastando o coração. Quando a saudade se faz presente, sabendo que logo será apenas estória, a dor torna-se amena, serena com o desejo de findar com deliciosos novos momentos. Entretanto, quando a saudade vem de forma intensa, fortalecida pela distância, pelo tempo e pela impossibilidade, ela traz angústia, dor e melancolia. Uma lágrima de lamento. Saudade exterminada com um abraço intenso, com um olhar singelo e profundo. O sorriso que desfaz o medo da cruel saudade. Esvaindo se vão o sorriso, a esperança, a melodia e a beleza da simplicidade do que se constrói com naturalidade e o tempo nos rouba. Tamanha angústia, a dor que invade o peito e o olhar vago. Tamanha vontade, vencida e incerta. Resta a lembrança. O que resta ficou em minha pele, em meus pensamentos, as doces lembranças, a saudade... Constante saudade.
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